Como falar sobre o sentimento que nos tira as palavras da boca?
Falar sobre aquilo que nos tira a vontade de fazer qualque coisa?
É como tentar usar o nada para falar sobre tudo,
ou até mesmo usar o tudo para falar sobre nada.
Claro que só sabe o que é o nada quem conhece o tudo, e vice versa.
Mas o meu nada é diferente do seu, que é diferente do dela, que continua sendo diferente do dele.
E pior ainda é que nunca iremos entender o que passa no coração e na mente de outra pessoa completamente.
Então, o que me resta esperar escrevendo aqui, além do meu desabafo pessoal, claro,
é que no mínimo eu consiga expressar corretamente 50% do que sinto. Sim, é o que chamamos de Nossa Senhora do Cinco Bola na faculdade.
Mas isso pouco importa.
De um momento de ira, sempre me vem um sentimento de tristeza, é sempre assim. Tanto é que jah havia previsto isso no post anterior, genial não?
Mas o que eu não entendo é como o chão que eu piso com tanta força quando estou com raiva consegue sumir, desaparecer, desintegrar num piscar de olhos!
Como um andar tão rápido e preciso da raiva pode virar um boiar no espaço? Um lugar no qual as estrelas estão, mas estão tão longe.
O que faz esse astronauta abandonado pela espaçonave?
Como liberar toda essa vontade de correr, se não é possível se está no espaço, no vácuo?
É, não há muito o que fazer além de esperar. Suportar. Reprimir esse sentimento.
Porque no espaço, no vácuo, se tentar correr, só irá mecher as pernas. Se tentar chamar alguém, só gritará para o infinto. Nessas horas, é você com você.
Temos que esperar até que alguma espaçonave venha te ajudar e te levar de volta para seu planeta de origem, para que lá possa correr.
No nosso dia-a-dia como podemos saber o que é ou quem é a espaçonave?
É, é exatamente essa dúvida que temos que responder a cada vez que somos lançados para o espaço. Mas até lá, temos que aturar ficar nessa situação ruim, com esse sentimento triste, com esse vazio.
Mas sempre tenho fé que o pobre astronauta perdido será encontrado, resgatado, e conseguirá voltar a correr feliz em sua terra!
Agora, uma pequena parte mais direta:
Não gosto de me sentir assim, é ruim. Não gosto de me sentir desanimada, triste. Pelo menos quando estou com outras pessoas consigo não demonstrar isso, o que revela que nem é tão grave assim, que bom. Além do mais, é preciso passar por tempos assim, me faz pensar um pouco. O simples fato de eu ter escrito o que escrevi me ajudou a melhorar! Um pouco, mas ajudou...
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