quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Amizade

Ontem, dia 30, eu acordei 19h30 da noite, sim um ótimo horário para acordar, concordo.
Passei a noite em claro assistindo o Dorama citado anteriormente.
De manha, quando minha mãe acordou, comecei a ajudá-la nos preparativos para a festa que teremos hoje a noite aqui em casa. Lavei os pratos, ajudei a fazer as sobremesas, lavei novamente os pratos, arrumei a mesa, arrumei os quartos, a sala. E no meio dessa atividade toda conversava com minha mãe assuntos gerais, do coração, das amizades, dos amigos.
Ela levantou uma questão que me chamou a atenção: amizade verdadeira, aquela que chega a ser irmandade. O que me fez lembrar de uma conversa que tive com um amigo numa noite dessas de boiação das férias. Também lembrei do Dorama que acabara de ver, pois neles o que sempre era ressaltado era sempre a amizade forte entre os alunos. Também lembrei de uma série japonesa que vejo em que o personagem principal dá seu melhor, se esforça para conseguir salvar um amigo, que se perdeu pelo caminho.
E assim foi, o tema puxou várias fontes de informações que eu tenho acesso. E me deixou pensativa.
Será que toda pessoa que eu considero amiga é realmente amiga ou é apenas uma amiguinha? O que é amizade verdadeira, como podemos reconhecê-la?
Também, com todo esse sentimentalismo e insegurãnça que tenho, pensei sobre o amor. O sentimento que uma pessoa tem pela outra, o sentimento que deseja a felicidade da pessoa, que deseja a compania da pessoa. Me fez refletir também sobre o amor e a paixão, o que difere uma da outra na minha opinião...
Será que as pessoas que eu amo me amam da mesma forma? Será que isso é amor mesmo, ou é apenas um sentimento de afeto grande? Será que o que nós temos é paixão, é amor ou apenas atração animal?
Tenho que ser sincera e confessar que durante meus afazeres eu não refleti tanto pois sou desajeitada e tenho que prestar atenção nas coisas que faço para fazê-las corretamente. E ainda mais, pensei sobre isso sinceramente no banheiro(tomando banho! Não se enganem xD). Acho que esse lugar é um bom lugar para refletir... uma vez um colega de classe me falou que conseguiu formular uma lei que revela se o número é ou não primo quando estava cortando os rabos dos macacos. :x Mas isso não vem ao caso, retomando a inha de raciocínio...
Tomando banho eu pensei "poxa, como é bom tomar banho, nós conseguimos tirar toda sujeira que está no corpo..." e isso me fez pensar que o tempo meio que faz a mesma coisa... como um amigo me disse de algumas vezes só vemos que o que aconteceu foi bom depois de um tempo quando podemos enxergar a situação de longe. Talvez esse tempo de boiação não foi tão inúti assim, assisti a várias coisas, li sobre várias coisas, pensei sobre várias coisas. E tudo isso me fez ter um momento de epifania na hora do banho, a hora que "renovamos nosso corpo"!
O que quero dizer é que durante esse comprido momento de ócio, pude refletir sobre as perguntas feita a pouco.
Cheguei a conclusão que tudo gira em torno do sacrifício próprio de cada pessoa em relação a outra que é uma das bases, se não a principal, para realmente ver ou pelo menos ter uma noção do nível do relacionamento tentre cada um.
Por exemplo, uma mãe e/ou um pai faz tudo que pode pelo bem de seus filhos (as/os desnaturadas/os não contam, como já é sugerido pelo adjetivo). Os ama mais do que qualquer coisa no mundo. Tentam ver o certo e o errado, e assim tentar guiar seus filhos, sempre com a melhor intenção do mundo, mesmo se o "certo" deles não é o mesmo que o "certo" dos filhos. Perdem horas de sono se sua criança está doente, os cabelos caem de preocupação por coisas bobas. Realmente, amam "pra valer". Nesse quesito podemos também encaixar os irmãos, até (principalmente) aqueles que brigam toda hora por tudo, ou aqueles mais quietoes, que só não sabem como expressar esse sentimento corretamente. Podemos até citar parentes mais distantes, de forma menos geral, mas podemos.
Todos eles, antes de ganharem essa nomenclatura, são amigos. Sim, amigos. Pelo menos no meu ponto de vista.
Quando tive meu momento de luz, cheguei a uma conclusão,que talvez possa estar errada, certa, meio certa, mas pelo menos é um ponto de vista que eu acho que vale a pena pensar sobre. Primeiro deixe-me colocar os pingos nos i's... quando me referir a amigos, não necessáriamente estou me referindo aos amigos de verdade, a diferença será explicada logo adiante.
Pensei que existem pessoas para as quais conto tudo, converso sobre tudo. Existem pessoas com as quais eu gosto de sair junto, curto brincar (sem maldades ein!), adoro ficar junto. Há também quem eu gosto de fazer piadinhas, rir. Não são grupos isolados, como pode estar parecendo, todos tem suas complexas intersecções. Antes achava que os verdadeiros amigos eram aquelas pessoas que estavam presentes em todos os grupos ao mesmo tempo, ou pelo menos na maior parte delas. Achava que com um amigo de verdade, ao mesmo tempo que eu poderia contar qualquer segredo, poderia tirar sarro, estudar, ir para as festinhas, beber, rir e chorar. Mas parei para pensar que talvez não seja bem assim. Talvez essa pessoa seja apenas um amigo, uma pessoa com a qual sinto-me bem pela compania e que sente o mesmo por mim, e não necessáriamente um verdadeiro amigo. Não estou desmerecendo os amigos, mas estou tentando mostrar que dentre eles, existem aqueles que são realmente amigos. Também não estou acusando ninguémde ser falso, pois isso só é uma questão de ponto de vista, e muito discutível portanto. Ou seja, o grupo dos verdadeiros amigos é um grupo muito mais seleto daquele grupo já seleto. Para muitos é o que falam de melhores amigos, para outros (mais rígidos nessa "divisão") são os amigos. Mas isso tanto faz, são apenas substantivos comuns, usados para designar a mesma coisa. Daí entra o meu momento de luz: os verdadeiros amigos são aqueles amigos que estão dispostos a fazer sacrifícios grandes pelo outro. Tudo bem que grande varia de pessoa para pessoa, o que é muito interessante e é o que faz uma pessoas serem muito queridas para umas e odiada ou indiferentes para outras. Da forma com que coloquei ficou muito idealista, então vamos dar exemplos mais concretos:
Um amigo seu foi metido numa confusão, e vai acabar apanhando muito. Você e o resto do grupo sabem quem(ns) foi(ram) o(s) responsável(is) e sabe também que se meter nesse assunto é arriscado (digo, você pode acabar apanhando também). Dependendo da sua relação com a pessoa, ou você apoia o agressor, não liga, fica até que preocupado mas não quer se meter em confusão, vai lá ajudá-lo. É opção sua, sempre, independente do que os outros vão falar ou vão achar. Pense:
Se for seu irmão ou seus pais, mais do que na hora você vai correndo mais rápido que um jaguar para ajudá-los, por mais que você possa apanhar...são sua família, pessoas que você realmente gosta e quer proteger com unhas e dentes.
Se for um amigo que você realmente considera um irmão a mesma coisa, família, para mim, não é um conceito apenas sanguíneo, é algo maior, é o sentimento recíproco de amor verdadeiro, de amizade verdadeiramente sincera.
Se for um verdadeiro amigo você também vai, com toda coragem que move seu corpo.
Se for um amigo, apenas um amigo, você com certeza vai ficar preocupado com ele, mas não faria nada muito além do que avisar a polícia ou a algum autoridade.
Se for um mala que você odeia, até encobre o atentado.
Entende? Não quero desmerecer o amigo, se ele não é capaz de fazer algo que realmente é necessário para você, não é que ele seja mal, mas que ele simplesmente não consegue se abrir para outras pessoas, ou para você.
Eu, por exemplo, considero quee muuuuuuuitas pessoas são minhas amigas, mas são realmente poucas aquelas que eu considero verdadeiras amigas. E olha que consideração não quer dizer exatidão; posso muito bem achar que muitas pessoas estarão lá quando precisarei, mas que não estarão e vice versa. Esse assunto é muito subjetivo também, é preciso ter um feeling muito aguçado para ter uma margem de erro baixa. Ou então ser muito desconfiado, o que eu não aconcelho, pois sem ser sincero com seus amigos, não há como eles serem com você, a não ser que estejam sendo enganados, mas mentira tem perna curta.
Sendo mais direta depois de um post tão grande, após muitas horas de atividade, muitas outras de refexão, e sem sono ( o que pode ter feito eu ser meio confusa, difusa, contraditória)...
Gosto de verdade meus colegas, os que me incomodam, eu não dou bola, então nem convém ao caso. Amo verdadeiramente minha famíia. Amo falsamente... haha brincadeira, amo também, mas de formas diferentes meus amigos e meus verdadeiros amigos.
Sobre o amor entre duas pessoas, a ponto de tornarem-se namorados, casarem-se, terem filhos, digo o mesmo. É tão verdadeiro quanto os sacrifícios que você faria pelo/a parceiro/a.
Com um post tão grande, corro risco grande de cometer grandes erros em minhas análises, mas retifico, amigos são bons, verdadeiros amigos são raros. E são estes que vão estar lá quando você precisar e os outros virarem as costas....
A sim, e onde entram as férias na situação? Elas me ajudam a relfetir mais com os fatos do que com a euforia...isso ajuda também...
E Perdoe-me leitor, se te irritei com uma postagem tão fria sobre um assunto tão caliente!

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