Estava eu e a siamesa, estudando,
matérias diferentes, mas ambas estudando juntas.
Decidimos então, escutar música.
Ela escolheu Cássia Eller, Por Enquanto.
Umas partes me chamam muita atenção, e, fazendo juz ao nome,
a siamesa comentou "Muito música de final de semestre".
"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era para sempre,
sem saber que o pra sempre sempre acaba.
Mas nada vai conseguir mudar
o que ficou.
Quando em alguem
só penso em você,
e então estamos bem.
Mesmo com tantos motivos para deixar tudo como está
nem desistir nem tentar, agora tanto faz
estamos indo de volta para casa.[x2]"
É, meus amigos, nosso tão divertido ano de bixo, que parecia ser tão grande,
tão infinito, acabou (para a maioria, para alguns há de acabar no máximo daqui menos de uma semana). Já seremos veteranos, teremos bixos e bixetes. Veremos eles trilharem um caminho muito semelhante ao que nós tivémos que trilhar.
E nesse ano tanta coisa aconteceu, conhecemos tantas pessoas, nos aproximamos de umas, nos afastamos de outras. Criamos laços muito mais intensos do que imaginávamos que iriamos criar, e em um espaço de tempo tão curto. Marcas tão profundas que deixam cicatrizes que nem cirurgia plástica esconde.
Lógico que com a chegada do semestre, com as provas, exames, o que mais desejamos são as férias. Mas ao mesmo tempo, o sentimento de deixar esse nosso mundo, mesmo que seja apenas por alguns meses, nos deixa tão triste. Pensar que os amigos que sempre estiveram conosco, todos os dias, todas as horas e todos os lugares vão simplismente desaparecer das nossas vidas, do nosso dia a dia.
Não sei como todos encaram essas situações, mas eu fico assustada, tenho medo. O tempo não para, tenho medo que as coisas que me são tão confortáveis mudem, esfriem. A confiança de uma amiga, o carinho de um irmão, o amor. Medo que quando eu voltar, tudo esteja diferente, que não seja como pausar um filme. Voltar e continuar exatamente no mesmo ponto em que paramos. Sei que o que realmente é nosso nunca nos é tirado. Mas eu ainda temo a distância. Não há nada que me assuste mais que ela, nem o escuro ganha! Queria de manha encontrar todos amigos, desde aqueles que moram mais para o norte até aqueles que moram lá no sul. Sair para comer um salgado, rir da noite passada, contar piadas, tirar sarro. Sorrir pelo simples fato de estar ao lado de todos, de escutar suas vozes, curtir seus sorrisos. Compartilhar momentos ruins também, derramas lágrimas juntos. Encher a cara, rir por nada, chorar por tudo.
Estamos indo de volta para nossas respectivas casas, mas também estamos abandonando um lar. Que ficará vazio, frio. Não sei se quero que um ano mais passe, para que esse sentimento desolador volte, para que sinta vontade de chorar ao ver as costas de meus queridos, indo embora, para longe. Não quero que minha garganta fique com nó por ganhar um abraço de uma amiga, nem por um olhar fofo de um irmão.
Óbvio que nada é fixo nem definitivo, podemos viajar, marcar encontros, mas mesmo assim, não é a mesma coisa. É muito bom, mas não é nosso pacato dia a dia juntos.
Nessas horas, vejo como realmente amo as pessoas a minha volta. Como elas fazem parte de mim, do meu dia. Como influenciam cada momento meu. Sim,como uma vez respondi num teste daquelarevista da dieta da cerveja, "sou reflexo dos meus amigos". Me sinto mal pelas férias chegarem, talvez prefiro momentos dificeis com esses amigos o que momentos tranquilos só.
Não estou falando também, que não considero que em minha cidade não tenho meus próprios amigos. Tenho, e também são muito queridos. Também adoro rir com eles. Mas, não sei como expressar, não é a mesma coisa. Nada é substituível.
Tenho muito medo também de que meu amor seja esquecido.
Queria ser tudo para poder estar em todos os lugares com todos que gosto. Até suportaria ter que ficar com quem não gosto, a final, é um pequeno preço perto do ganho. Queria ser vento para sussurrar sempre que você é uma pessoa especial para mim, que sem você é como se eu estivesse sem ar. Queria ser o Sol para poder fazer você enxergar sempre que o sentimento é sério e intenso. Queria ser água, para lavar qualquer pensamento ruim de sua mente. Queria ser a terra, para poder ser o caminho que você trilha. Mas querer não é poder.
Tanto não é, que tenho que passar por essas aflições, pelos meus amigos, irmãos, siameses, amores. E pensar que tudo isso é por amar. Ha, que sentimento cruel, mas bom ao mesmo tempo.
Speaks, Siamesinha, Mayarinha...May Love!
ResponderExcluirComo eu vou sentir sua falta, eu nem sei se dá pra medir...Lembra, que eu disse que se desse para medir o coração, eu ganhava?
Continuo firmando o pé...
Essa angústia de fim de semestre vai passar, isso é bom, mas a saudade que eu vou ficar dessa nossa vidinha de bandejão, P.T.'s, Guitar Hero, Mec é Mec o resto é bosta, CB escutando música, ler seu blog pra vc em voz alta, reclamar de certas pessoas serem lerdas, vc e o meu filho se pegando no meu colo (isso foi zueira, to bem de boa), mas ah, vai fazer falta!
Semestre que vem, mesmo esquema siamês, ok?