quinta-feira, 6 de maio de 2010

Relação, Parte 2

Me contaram uma vez a história do menino e seu cão,
Mas por motivos misteriosos,
Que até hoje não entendo,
O Pepe que estava me contanto a história
Não terminou ainda.
Não vou inventar também, pelo fato disso ser
Altamente dificil, insuportavelmente fardoso
(Sem contar meu sono e minha fome).
Mas se eu pudesse falar algo para o menino
É que provavelmente o que ele sentia
Quando via outras crianças olhando para seu cão
Era medo, insegurança.
E isso pode ser interpretado como ciumes.
Mas isso é um assunto a ser discorrido com mais calma.

Aaaaah..Se o menino e o cão falassem a mesma lingua….

Mas então...

Se formos levar em conta que ciumes é uma consequencia de um sentimento excessivo de posse, podemos afirmar que não é algo que se appliqué ao menino, uma vez que ele deu ao cão todas as opções que ele poderia escolher: ficar na casa e voltar ao normal, ir para outra casa, viajar pela vida. Quem é possessivo não abre a porta da gaiola para o pássaro.
Paralelamente, se considerarmos o ciumes como o sentimento que surge quando percebemos que o ser amado consegue ser feliz sem nós, a criança também não pode ser enquadrada como ciumenta. Esse argumento se baseia no fato do menino não ter evitado o contato do animal com outros seres vivos. Lógico que não é uma escolha única dele, é lógico que se o cão quisesse, ele poderia corer a qualquer momento, mas iso seria escondido ou conquistado através da briga. Como o que foi relatado anteriormente não foi nenhuma dessas duas opções, conclui-se que, desse ponto de visa sobre o ciumes, o menino não o é.
Em contrapartida, se o ciumes for visto como filho do medo de perder o amor do ser amado, com toda certeza o menino é a pessoa mais ciumenta do mundo em relação a seu amigo cão. Sua única aflição (gastura como diz alguns) nessa história toda é não ser mais querido pelo cão, não ser mais a pessoa com quem, no fundo, o bichano quer brincar. Medo de que o passado vire uma mera história em sua vida.
De fato, ciumes é a expressão do egoísmo que cada ser humano carrega em seu interior. Uma vez que relaciona o sentimento do “eu” em relação ao seu próprio “objeto precioso” e um possível (sim, basta haver um possibilidade) “sentimento” contrario desse objeto. Porém existem egoísmos mais (ou menos) insalubres, e não estou entrando na discussão sobre ciumes doentio. Infelizmente o sono, a fome e a falta de palavras no momento me impedem de continuar. Fica para outro post, este já está suficientemente grande.

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