sábado, 21 de novembro de 2009

O fósforo, a mata, e a queimada.

Porque, apesar de uma "promessa" não cumprida,
decidi que "é você quem amo"!
Mesmo sabendo que há uma pequena parte de meu coração
roubada por outra pessoa,
sabendo que grande parte dele
é de posse dos meus queridos amigos.
Mas, acho que depois de passar o dia inteiro pensando,
cheguei a conclusão de que é você quem amo.
Posso não estar fazendo a escolha certa,
mas depois eu aturo as conseqüências...
E você, não quero que fique sabendo
que durante esses três dias,
quase terminamos,
por pura indecisão minha,
por pura falta de força
para negar um pedido
tão acolhedor.
Talvez realmente fosse melhor
eu apostar nessa pequena chama
que acendeu em mim,
nessa luz de um pequeno fósforo,
e deixar que os bombeiros
cuidassem do fogo da grande queimada.
Mas, pensando em seu carinho,
afeto por mim,
pelo que passamos,
decido continuar com esse fogaréu todo
e assoprar o fósforo,
mesmo que isso me doa muito.
Mesmo sabendo que,
apesar de apagá-lo,
não fui capaz de cumprir uma pequena ''promessa"
feita na madrugada da sexta de feriado,
que fiz contas erradas
numa quarta-feira de festa.
Não vou negar, também,
que não amei outra pessoa desde que
entrei nessa nova vida,
por mais que esse amor tenha
nascido do nada,
crescido tão rápido,
e talvez ainda não esteja morto.
E mesmo com tudo isso,
não posso negar que,
meu egoísmo ainda quer que
o pequeno fósforo continue por perto,
nem que seja apenas como uma linda flor,
para guardá-la junto das outras
que moram na grande árvore da amizade.
E essa , não há fogo que queime!
Sinto-me estranha
por falar isso
sem estar feliz.
Será que isso é porque
todo essa declaração
afirma que vou
apagar aquele pequeno fósforo?
É, estou realmente triste por
decidir apagar o fósforo.
E ainda fico pensando,
como é que o fósforo fica nessa história?
Se vendo ser apagado,
sem saber da dor que sinto ao fazer isso!
Mas talvez seja mais confortante ele não saber
que estou apagando-o contra minha vontade.
Porque assim, não ofereço o oxigênio da esperanca
para que ele continue aceso.
Mesmo que eu queia que ele tentasse superar
o fogaréu.
Engolindo-o, e assim, ficando maior ainda.
Mas não sou capaz de chamar os bombeiros,
porque é ele quem amo.
E seria impossível uma pequena chama
ganhar tanta força
sem que haja oxigênio.
Então, estou abrindo mão dessa minha querida chama,
para que o fósforo possa se acender novamente
e se tornar feliz e grande em outra mata.
Sim, sou uma tonta,
amo dois,
dois me amam,
mas escolho um,
e o outro fica ferido,
o que também me fere.
E isso também pode ser entendido como
traição,
sim, traição.
Por mais fiél que eu tenha sido,
mesmo nos momentos mais sigelosos,
traí os sentimentos do grande fogo,
sendo atraída pela luz da pequena chama.
Sou uma pessoa horrivel, machuco corações amados,
traio aquele que tem meu afeto,
não sinto falta do calor da queimada que está longe
e não quero apagar o fósforo.
Ao fósforo:
te amo de verdade,
te quero de verdade.
Mas não sou capaz de abandonar
a queimada.
À queimada:
é você quem amo,
quem penso nos bons e maus momentos,
com quero falar.
Mas não posso te dedicar 100% da mata.
À mata:
precisa se cuidar melhor
para que não crie tanto problema para mim.
Precisa ser mais inqueimável,
mais fria,
mais escondida.

2 comentários:

  1. talvez o fósforo consiga oxigenio da brisa da vida e n do meu ar!

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  2. É nostálgico ler seu bloguinho, amore!
    Me lembra o fim do ano passado com nossos exames, nossas conversas, os meninos zumbindo na nossa cabeça, várias coisas que são tão antigas...Não faz nem um ano, mas parecem ser séculos.
    E é esse tipo de coisa que não podemos viver sem ter vivido.

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